Afonso Hamm
Leite gaucho merece respeito!
Afonso Hamm
Deputado federal pelo Progressistas
A crise do setor leiteiro gaúcho é uma questão muito séria e que merece atenção especial. Em seis anos, no Rio Grande do Sul, mais de 40 mil produtores deixaram a atividade, o que equivale a 52% do total. Informações preliminares apontam que o Estado possui atualmente número perto de 30 mil produtores, fato que causa grande preocupação e indignação. Em algum momento, diante desses dados, há de se atentar à probabilidade de indicação de redução drástica no abastecimento do produto, o que atingiria em cheio a população do campo e da cidade.
O leite é um alimento completo, contendo todos os nutrientes essenciais à nossa saúde e fornecendo diversos benefícios à cicatrização, saúde óssea, ganho muscular e até mesmo emagrecimento.
Se é verdade que os custos de produção só aumentaram e o crédito está mais caro, também é verdade que a falta de mecanismos que possam priorizar o consumo do leite produzido no Brasil, impondo cotas de importação do leite advindo dos países do Mercosul, se torna imprescindível nesse momento. A notícia da compra de R$ 100 milhões de leite em pó por parte da Conab é uma boa notícia, todavia não ataca o problema principal.
Diante das intempéries climáticas que vêm atingindo o Estado, com fortes estiagens e até mesmo ciclones, algo que impacta diretamente nas pastagens e na produção leiteira, urge uma política governamental para o setor, de forma a contemplar desde o estímulo à sucessão familiar na propriedade, passando pela renegociação de dívidas, estabelecimento de preço mínimo justo ao litro de leite, chegando até a proteção da produção gaúcha e brasileira.
Aqui se produz sem subsídios, diferente da produção leiteira argentina, por exemplo, fator que implica diretamente na capacidade de concorrência entre os produtos. Outro diferencial destacado é o número de famílias que se envolvem na produção leiteira, em torno de um milhão de propriedades, caracterizadas por serem pequenos produtores familiares que da atividade retiram sua renda, ao contrário do país vizinho, que concentra a produção em grandes fazendas.
O setor leiteiro precisa de apoio! A manutenção da atividade dos produtores de leite é essencial para o País e esse é um problema de todas as esferas de governo e parlamento.
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